segunda-feira, 19 de maio de 2008

O apartamento é antigo, fica no segundo andar de um prédio no centro da cidade, perto da universidade. Duas janelas grandes permitem que a luz entre durante toda a manhã. É grande a sala de estar, onde um sofá e duas poltronas amarelas combinam com o piso de madeira e fazem companhia a mesa de centro.
A sala é bagunçada, há folhas de papel brancas pelos móveis, mesas e sofá. A mesinha da sala de estar abriga alguns potes com água. No canto esquerdo da porta de entrada, há uma estante com livros, um aparelho para tocar música e alguns cds de blues.
A cozinha é o espaço menos bagunçado do apartamento. Sobre a mesa da cozinha, uma fruteira com frutas de cera enfeita o ambiente. Algumas canecas de café sobre a geladeira dividem o espaço com o velho pingüim de cerâmica.
O quarto é o mais bagunçado, a cama está por fazer e os lençóis são velhos e surrados. Os girassóis estampados nas fronhas estão quase desaparecendo.
Em frente à janela grande do quarto, fica a mesa, livros, cadernos, pedaços de papeis jogados, todas as coisas misturadas. Folhas brancas vazias estão em toda parte. Há uma luminária verde com haste de metal dourado sobre a ponta esquerda da mesa.
Ao lado da cama o criado mudo guarda um Buda, com um livro: A vida de Buda. O quadro de Van Gogh está no chão, encostado na parede.

4 comentários:

Juliana Eichenberg disse...

Gabi, que mistério... Será o pintor fracassado? bj

julio disse...

Parece o pintor fracassado mas...
Será o louco? Que loucura!

Ana Kessler disse...

Potes de água, folhas brancas... Hum, meu voto também fica com o pintor fracassado... bjs

Oficina de Criação Literária Luiz Antônio Assis Brasil- Edição 39 disse...

também acho que é o pintor.
ana santos.