domingo, 18 de maio de 2008

Criar um espaço para...

A porta é de madeira e tem um sininho de vento pregado no quadrante superior. Ao girar-se o trinco de aço escovado, as varetinhas de metal do tal sino chocam-se umas contra as outras e provocam estalidos irritantes. A pequena sala é branca, com móveis brancos, só uma luzinha indireta azulada descompõe o ambiente quase hospitalar. Há uma cama, um divã, talvez seja uma maca, no canto direito de quem entra, perto de uma parede onde um quadro com miudinhos caracteres japoneses faz a gente se questionar: “Será chinês?”. A mesinha de apoio, ao pé da maca-cama-divã, quase desaparece sob uma cesta de palha trançada recheada de óleos aromáticos, ceras em pasta, paninhos úmidos, papel-toalha. O som relaxante é ambiente. Um aroma de patchoulli desprende-se de um incenso em forma de espiral que pende do teto. Um biombo esquisito, não se sabe se de bambu ou vime, equilibra-se do lado esquerdo da sala. Atrás dele, há um cabide com um roupão felpudo. Ao sair, o sininho de vento da porta solta tilintares zen.

7 comentários:

julio disse...

Bom... seria obvio se se tratasse de um tradutor de chines? Hum...
Arrisco que se trate de um cuarto onde a prostituta recebe seus clientes. Sera?

Juliana Eichenberg disse...

Concordo com o Julio, o tradutor seria muito óbvio. Prostituta? Não sei. Pensei no garoto de programa. Acertei, Ana?

Ana Kessler disse...

Nem tradutor, nem prostituta ou garoto de programa... Quem dá mais? bjbj

srtaParker disse...

hehehehe...o freegan?

Oficina de Criação Literária Luiz Antônio Assis Brasil- Edição 39 disse...

dona de casa estressada?
ana santos.

Roger disse...

Eu digo um palhaço...

Ana Kessler disse...

Bingo, Ana Santos!!! Salinha zen para desestressar a dona de casa!!!