A sala de 30 metros quadrados tem espelhos e barras horizontais em todas as paredes. O chão é especial, um tablado em Imbuia com tecnologia para absorção de impactos. Nos espelhos, estão estrategicamente dispostas fotografias emolduradas da década de 70. Uma mesma bailarina figura em todas: em espetáculos, camarins, em aula ou simplesmente fazendo pose. Espanta a magreza doentia da bailarina. Sobre o aparelho de som, logo abaixo da janela que dá para um pequeno pátio, destaca-se uma outra fotografia. Parece ser a mesma bailarina só que em trajes comuns. Ainda magérrima, fica evidente a barriga enorme, apontando o final de uma gestação. Sorri muito na foto. Há uma espécie de bengala de madeira escorada em um dos cantos. Atrás da porta, estão penduradas sapatilhas bem pequeninas, de uma criança. Abaixo das sapatilhas, uma placa cor de rosa enfeitada diz: mãe e filha dançam aqui.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
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5 comentários:
eu gostei desse texto Ju!!!
Ok, ok. É a menina gordinha?
Adorei o texto!! Meu palpite é a menina gordinha. Será?
Putz... eu não sei disfarçar, né? Vcs acertaram!
achei lindo!
ana santos.
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